SOU A QUE NINGUÉM VÊ



Sou uma navegante de névoa e de incerteza,
Sou uma otimista que vê oportunidade em cada dificuldade.
Sou a convivência com minha solidão,
Sou a simplicidade de um sorriso, cheio de harmonia.
Sou a que se revela à surdina uma maldita cheia de arrogância.
Sou linda como à tarde que se debruça lá na crista das serras,
Sou também um raio cruel em meio à tempestade no mar agitado.
Sou forte como uma fera que se levanta após ser ferida
Sou frágil como uma rosa que precisa ser regada
Sou a que idealiza e alegra-se por fazer parte deste grande Universo
Sou a que desfaz este ideal, não acreditando na humanidade.
Sou a que se liberta de um hábito atirando-o pela janela.
Sou a que fica presa, como uma rocha com uma corda presa no corpo.
Sou a que torna os problemas relativamente pequenos
Sou a que transforma um acontecimento banal numa tragédia.
Sou a que ninguém vê
Ângela Guedes

Comentários

Anônimo disse…
Angela,quem de nós não é cheio de contradições?Uma poesia espetacular!Muito profunda e bela!Bjs,
Unknown disse…
"Sou a que ninguém vê "

Ná, não concordo.

Lindíssimo texto,amei.

Beijo.
Amiga querida!!!

Maravilhoooso!!!

A dualidae do feminino,nossas incertezas e fugas está tudo aí poeticamente composto!

Fiquei encantada!

Beijos!

Sonia Regina.
Anônimo disse…
* "Mas quem é que sabe como? Viver... o senhor já sabe: viver é etcétera..."

- Grande sertão: veredas - Página 90, de João Guimarães Rosa - Publicado por J. Olympio, 1958 - 571 páginas

Bjs.
G I L B E R T O disse…
Angela

Soi a verdade, e por seres feita de verdade, és bela!

Texto lindo!

Estejas bem agora e sempre!
Oi Angela! Saudades!
Que lindo! Palavras cheias de verdade que dizem respeito a ti, mas que todos temos que levar um pouquinho!
beijos e um fds abencoado!
Socorro disse…
Você é tudo de bom! - E eu sou frágil como uma rosa que precisa ser regada.
Lindo texto, abraços!

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