AMOSTRA SEM VALOR

Li um poema no blog do José Manuel Brazão , do poeta António Gedeão “Poema do homem só” Achei tão lindo, cheio de verdade e sofrimento, que fui ver outras obras deste autor. Esta me encantou.
Amostra sem valor
Eu sei que o meu desespero não interessa a ninguém.
Cada um tem o seu pessoal e intransmissível:
com ele se entretém
e se julga intangível.
Eu sei que a Humanidade é mais gente do que eu,
sei que o Mundo é maior do que o bairro onde habito,
que o respirar de um só, mesmo que seja o meu,
não pesa num total que tende para infinito.
Eu sei que as dimensões impiedosas da Vida
ignoram todo o homem, dissolvem-no, e, contudo,
nesta insignificância, gratuita e desvalida,
Universo sou eu, com nebulosas e tudo.
António Gedeão
Amostra sem valor
Eu sei que o meu desespero não interessa a ninguém.
Cada um tem o seu pessoal e intransmissível:
com ele se entretém
e se julga intangível.
Eu sei que a Humanidade é mais gente do que eu,
sei que o Mundo é maior do que o bairro onde habito,
que o respirar de um só, mesmo que seja o meu,
não pesa num total que tende para infinito.
Eu sei que as dimensões impiedosas da Vida
ignoram todo o homem, dissolvem-no, e, contudo,
nesta insignificância, gratuita e desvalida,
Universo sou eu, com nebulosas e tudo.
António Gedeão
Comentários
O poeta está certo:somos nada no universo mas o que temos em verdade é a nós mesmos!!!
Beleza e verdade!
Beijos!!!Sonia Regina.