VAI

texto e fotografia de Luis Rodrigues Vai-se o céu e o mar vai-se o chão e os lençóis brancos dos sonhos de amor. Falta-me sol sorrisos e água clara. Há que te procurar por todo o lado encontrar cura para a dor morfina dói-me o corpo doem-me unhas que não são minhas sangro todas as palavras que não cheguei a murmurar dói-me a cabeça infinita de negro espaço carcaças de aves a rasgar gritos cópulas bestiais dentes armas facas soluço veludos com suave vagar conduz-me as noites cair luz.