VAI

texto e fotografia de Luis Rodrigues
Vai-se o céu e o mar
vai-se o chão
e os lençóis brancos
dos sonhos de amor.

Falta-me sol sorrisos e água clara.
Há que te procurar por todo o lado
encontrar cura para a dor
morfina

dói-me o corpo
doem-me unhas que não são minhas

sangro todas as palavras
que não cheguei a murmurar
dói-me a cabeça infinita
de negro espaço

carcaças de aves a rasgar
gritos cópulas bestiais
dentes armas facas
soluço veludos com suave vagar

conduz-me as noites
cair luz.

Comentários

José Lopes disse…
Nestes últimos dias sinto-me muito bem, quem sabe por ir iniciar uma semana de férias. O apelo do mar já foi maior, agora limito-me aos passeios junto ao mar, e prefiro mesmo o campo, a natureza.
Obrigado pela distinção, que irei tratar devidamente logo que possa.
Boa semana
umps
angela disse…
"sangro todas as palavras que não cheguei a murmurar..." e o que não é feito nem dito é o que mais doi.
obrigada pela visita
uma boa semana
Daniel Costa disse…
Angela

Gostei da toada do poema!
Boa selecção!
Daniel
Unknown disse…
"Eu escrevia silêncios, noites, anotava o inexprimível. Fixava vertigens ..."

Beijo querida amiga.

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